O que é culpa? Dá uma olhada no dicionário: “substantivo feminino” e isso explica
muita coisa. Quem nunca se sentiu culpada por não evitar que o filho caísse ou
chorasse? Sai dessa! A responsabilidade de cuidar de uma criança pode e deve
ser compartilhada com quem estiver sempre por perto: todo mundo pode trocar
uma fralda, não é?
A maternidade é a condição humana das mais democráticas. Todas as mulheres,
sem exceção, de qualquer classe social, vivem um turbilhão emocional durante a
gestação e logo que um filho nasce. E como se já não bastassem os hormônios,
eis que desde muito cedo, surge um componente extra: a culpa.
O bebê chorou? Pronto, a mãe é a culpada. O tempo virou? Foi a mãe que não
agasalhou o filho direito. A criança caiu? Que mãe desatenta!
A situação piora ainda mais quando a mãe resolve cuidar dela (só pra variar um
pouquinho) e corre para a academia ou para o cabeleireiro. A impressão é a de
que todos lançam aquele olhar de reprovação para quem deixou a criança sob os
cuidados de outra pessoa por uma ou duas horinhas... Imagine se essa
“desnaturada” resolvesse fazer um curso? Nem pensar!
Será que as mães conseguem se libertar desse sentimento ou a sensação só piora
com o tempo? Quando o assunto é emoção, não dá pra generalizar. Quem
consegue driblar a culpa garante que o melhor remédio é aprender a dividir a
responsabilidade de criar um filho.
O bebê está chorando? Será que o pai pode checar o que está acontecendo?
Caiu? É, alguns tombos são inevitáveis até mesmo quando estamos presentes.
Mas um colinho da avó ou do padrinho pode acalmar o susto. Se as mães
pudessem prever todas as mudanças meteorológicas, elas mesmas nunca
errariam o próprio figurino. Quanto à academia e ao cabeleireiro, lembre-se: para
cuidar bem de alguém, é preciso estar bem cuidada.
Ninguém nasce sabendo ser mãe! Não confunda desafios com culpa! Busque
parcerias, orientação e uma rede de apoio que transmita segurança para mãe e
filho. E compartilhe este link com quem você acha que deve ler!